Fazer memória de uma pessoa querida e não esquecida,
é vivenciar no dia-a-dia de nossa vida os valores que ela deixou. Dom Franco nasceu em 13 de setembro de 1941, na Itália. Foi
consagrado sacerdote em Pádua no dia 26 de março de 1966. Formou em sociologia
em 1971 pela universidade de Trento Itália.
Em 26 de fevereiro de 1972 chegou ao
Brasil e após alguns meses no Rio de Janeiro para aprender a língua veio
integrar a equipe de Padres em Pastos Bons, dedicou boa parte de seu tempo à
comunidade de Nova Iorque. Em Pastos Bons foi professor, animador, missionário,
amigo de todos e principalmente dos mais pobres. Em 1975 foi convidado por Dom
Rino Carlese a ser vigário geral da Diocese de Balsas. De 1979 a 1985 trabalhou em
Roma, como assistente geral na congregação dos combonianos. Retorna ao Brasil,
e atua como formador no seminário de teologia na periferia São Paulo,
acompanhando também as comunidades nas suas lutas. Foi superior dos missionários
combonianos do Nordeste. Foi secretario executivo do conselho missionário
nacional o COMINA e neste período colaborou na preparação do V Congresso
missionário latino americano que aconteceu em Belo Horizonte em 1995.
No dia 22 de novembro de 1995 é nomeado
bispo coadjutor de Balsas e ordenado bispo no dia 2 de março de 1996. Missão
que assumiu com tanto cuidado e amor. Amor pela Igreja, sobretudo pela igreja
de Balsas, amor pelo povo, pelos pobres, pelas lutas sociais. Como Bispo foi
presidente do conselho indigenista missionário, o CIMI.
O recordamos como um grande defensor da
vida, tanto que escolheu como lema de sua missão de bispo o mesmo lema da
missão de Jesus: “Para que todos tenham vida”. Dom Franco se destacou na luta
pelos últimos, pelos excluídos, pelos que tinham sua vida ameaçada, os pobres,
os indígenas, as mulheres, os lavradores.
Dom Franco deixou muitas marcas: o sonho
e o empenho de uma Igreja rede de comunidades, escreveu livros que fala de
missão, criou o Projeto Missionário Além Fronteira que ainda hoje envia
missionários para a África, estimulou a criação de entidades e movimentos
populares para defesa da vida. Deixou muitas mensagens e reflexões bíblicas que
ainda hoje ecoam em nossos ouvidos e nos ajudam a amar e sermos verdadeiros
discípulos missionários de Jesus.
Dom Franco já não está entre nós, ele
está no coração de Deus, mas seu testemunho de vida, sua prática missionária,
seu amor pela vida e pelo povo nos impulsiona a caminhar confiantes.
Não fiquemos somente na saudade de um
pastor amoroso e comprometido, fazer memória dele, mantê-lo vivo em nosso meio
é procurarmos no dia-a-dia de nossa vida e missão viver todos seus
ensinamentos, continuar nos empenhando para que seus sonhos e projetos se
realizem em nossa diocese, a partir do lugar onde vivemos. Que seus sonhos e
projeto se realizem a partir de nossa família, a partir de nossas comunidades,
de nossas Paróquias.
Nossa Diocese pôde contar
com sua presença de Bom Pastor por bem 10 anos.
Agradeçamos a Deus por ter nos dado este privilegio.
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